O poeta é o lavrador das palavras
que germinam pela terra fértil e escura,
a brotar num sentimento que é a lavra
no canteiro do papel que reformula
o uni-verso conspirante a seu favor
do poema que aflora no papel
como abelhas que produzem o seu mel,
operárias caprichosas ao labor.
O cansaço ainda resiste, cai a noite...
A enxada marca as mãos do lavrador,
o sol forte fere as costas com o açoite
de um sussurro que anuncia a própria dor.
O sucesso da colheita traz na enxada
a vitória frente à terra cultivada.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário