Aos Olhos Negros (para uma paraguaia que eu conheci em Florianópolis) - Julio Cesar Gentil

Olhos negros e brilhantes,
olhos profundos.
Enormes, atentos, imensos...
Maiores que o mundo.
Olhos que tudo percebem,
olhos que percebem tudo:
desde a intenção mais óbvia,
até o incrível absurdo.
Olhos que escutam, que farejam,
que percebem a imensidão do mundo,
e bebem as suas mágoas
num gole profundo. 
Olhos negros que procuram
a essência da vida,
ainda que ela
esteja escondida.
Eu te digo, olhos negros,
livre de qualquer artifício:
apaixonar-se é fácil demais;
Amar é muito difícil.

Nenhum comentário:

Postar um comentário