À Cerveja - Julio Cesar Gentil

Alva espuma de uma loura inclinação,
combustão dos gases confluídos...
Um homem te carrega ao meu pedido,
vários outros têm por ti adoração.
Despertas meus desejos absortos
quando tocas gelada a minha boca,
extasias meus sentidos com teu gosto
e atiças com loucura a fúria louca.
Envolve-me o teu brilho no vitral
das garrafas coloridas, reluzentes...
Expostas de maneira escultural
pelos bares, pelas mesas atraentes
ao convite de poder saborear
o lúpulo, o malte e a cevada,
na doçura de uma flava fonte amarga
que borbulha e borbulha... A borbulhar.
Tua espuma refrigera o meu calor,
eteriza todo o pensamento
que se abranda frente ao teu sabor
e aprecia a delícia do momento,
que nutre com sentido etilizado
a força que me deixa inebriado.

2 comentários:

  1. Julio,sendo teu amigo de boteco, balada e caneco.
    Só posso dizer que és um grande apreciador da cerveja,Conheces bem a levada do lêvedo. Não sei se este poema foi em especial para Original, mas ficou muito original.
    (palavra de poeta)

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  2. Um poema para a cerveja é genial. Não sei como não pensei nisso antes.

    Parabéns cara,
    Não há dúvidas que você é mesmo um grande poeta.

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